Cinco perguntas para… Camila Canani

Trabalhar na Alma Ópera Rock pode ser uma grande novidade para os profissionais, bem como um desafio pela linguagem estabelecida nesses 13 anos de existência. Hoje, veremos um pouco do que nossa coreógrafa Camila Canani pensa sobre isso.

1- O que você pensa sobre trabalhar com o teatro musical?
É muito estimulante trabalhar com uma arte que combina música, teatro e dança, um banquete para a criatividade e expressão artística. Acredito que o trabalho coreográfico se beneficia demais da narrativa e trocar ideias com o Bolívar, o professor de teatro do Alma, tem agregado muito nessa composição para criarmos um espetáculo potente junto ao diretor e aos adolescentes.

2- É possível unir o heavy metal a esta variante teatral?
Com certeza, a riqueza musical do heavy metal abre uma gama imensa de possibilidades de expressividade, movimentações e coreografias, além de quebra de expectativas e de paradigmas. É possível, por exemplo, atuar e dançar junto com uma batida aceleradíssima em um momento e, em seguida, nos sincronizarmos a uma melodia em tempo mais lento.

3- Como é realizar o trabalho com adolescentes?
Uma aventura. Por um lado, é muito confortável pois eles são muito enérgicos e motivados, topam qualquer atividade, do aquecimento à coreografia. Por outro lado, é desafiador, pois aprendem bastante rápido mas vejo que não percebem ainda todo seu potencial e, por vezes, precisam de um pouco mais de encorajamento para acreditar que estão tendo um bom desempenho e progresso. É muito interessante vê-los aprendendo, desaprendendo e desenvolvendo diversas habilidades e ideias.

4- Como você vê nesses adolescentes o que eles já trazem de elementos artísticos e o que eles podem desenvolver?
Todos são muito expressivos, em termos de expressão facial e corporal, às suas próprias maneiras. Podem desenvolver maior unicidade ou sincronicidade. Ainda estamos em um momento muito incipiente das coreografias e vejo como nosso atual foco de trabalho os adolescentes se afinarem mais – corporal e mentalmente falando – com os ritmos das músicas e uns com os outros.

5- Em uma palavra, como estão sendo os primeiros encontros com a Alma Ópera Rock em 2024?
Exploratórios. Eu gosto muito de trabalhar com a exploração de movimentos por parte dos artistas e, além disso, sinto que estamos todas e todos conhecendo uns aos outros – nosso modo de funcionamento, de se mover, de aprender, de se expressar como pessoa e como personagem. Mais do que isso, vejo os adolescentes e jovens pisando muitas vezes fora da sua zona de conforto e explorando as novidades que trago durante os ensaios.

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