Cinco pergunta para… Bolívar D’Andrea

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Na linha de nossa última postagem, também entrevistamos Bolívar D’Andrea, professor de Teatro e diretor cênico da Alma Ópera Rock. Afinal, há quatro anos no projeto, o que não falta é experiência para indicar suas percepções sobre nossa prática.

1- O que você pensa sobre trabalhar com o teatro musical?

Para mim é a concretização de tudo que eu me preparei durante longos anos de estudo, aliando a música à interpretação, duas áreas que eu trabalho intensamente. Ver o trabalho realizado no final do ano é como ver um desejo saindo do campo da ideia e vindo pro campo material.

2- É possível unir o heavy metal a esta variante teatral?

Claro que sim! O heavy metal é uma área muito rica e diferente. A gente tem no imaginário aquela coisa frenética de pedais duplos, guitarras “fritando”, vocais agudos, mas tem também os momentos mais melódicos, e é nessa inovação que aparece o teatro musical, trazendo uma dramaticidade pros momentos mais distintos das músicas.

3- Como é realizar o trabalho com adolescentes?

Para mim é a melhor área para se trabalhar! Eles não estão naquele momento questionador das crianças, mas também não estão no momento mais fechado dos mais velhos. São cheios de energia e totalmente abertos para tudo que é proposto. Às vezes temos que dar uma “ligada” neles, estimular para que saiam da mesmice. Às vezes temos que controlar os ânimos, pois estão um pouco eufóricos demais. Mas num geral é ótimo, pois eles nos puxam pra cima e nos enchem de energia também.

4- Como você vê nesses adolescentes o que eles já trazem de elementos artísticos e o que eles podem desenvolver?

Eu tento trabalhar com o que eu tenho, não com o que eu não tenho. Todo mundo tem dificuldades em algumas áreas da vida, mas a gente precisa enxergar onde estão as facilidades deles. Não existe dom nato assim como não existe caso perdido, só o que existe é trabalho. Então precisamos minimizar o que eles erram mais e potencializar onde eles acertam mais, respeitando os limites, mas sempre tentando ir além.

5- Em uma palavra, como estão sendo os primeiros encontros com a Alma Ópera Rock em 2024?

Surpreendentes! A gente sabe que quanto mais exercitamos algo, naturalmente melhor ficamos, mas eu sempre me impressiono o quanto eles evoluem de um ano pro outro. Quem está há mais tempo está sempre crescendo, mas quem entrou há pouco não está devendo em nada! Esse é um grupo muito bom, com o qual vamos formar um trabalho ótimo, o melhor das nossas vidas até agora!

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